sexta-feira, 16 de março de 2012

me condenem, nem ligo...

... eu ja faço isso mesmo. digo, me condenar, me julgar. Ninguém me critica mais do que eu mesma, ninguém me consola como eu mesma, chega até a ser estranho... Pensar ' você não está sozinha enquanto estiver consigo mesma'

Sei lá, eu tenho uma menininha chorona dentro de mim... E uma forte... E uma com super baixa estima... Só falta uma com alta estima pra equilibrar e.e' Uma risonha, uma séria, são muitas vozes... E são muitas vozes pra uma pessoa só. É confuso, as vezes assustador. Ouvir auto-criticas que vêm do nada e começar a discutir consigo mesma sobre isso... E é como se fossem muitas pessoas trocando criticas... Mesmo sendo uma só.

A criança chora ao ouvir que está deploravel, ela acredita no que os outros falam. A Baixa estima se deprime, quer sentar num cantinho e se isolar, talvez dormir para sempre.
A ciente tenta controlar tudo, mesmo quando nada está sob controle. A forte tenta ser mais do que a criança e a baixa estima, sendo cinica, sendo grossa, sendo fria.
A auto-crítica continua os pensamentos ruins, faz com que eles ecoem e ecoem, andem em um ciclo sem fim, sem soluções. A criança chora, a baixa estima quer desaparecer, a ciente se desespera, a forte se cala tentando manter a calma, a auto-crítica continua.

Ela diz que você está fazendo tudo errado. Você tem amigos, tem uma vida perfeita, você tem seus sonhos e tem quem te apoie... E você ainda se julga inutil, incapaz, desprezivel, se sente sozinha... Ingrata, você não passa disso...

E a criança se culpa, a baixa estima aceita, a ciente tenta dizer que não, a forte começa a brigar. O mais estranho é que no fundo no fundo você tem alguém que está rindo da situação. No inicio ela apenas observa, parece até que não está lá. Ela deixa que todos se resolvam, espera que se acalmem... Ou espera até não aguentar mais. E então ela surge, dando razão a todos, mas pacificando o ambiente.

Ela da forças à forte para que ela domine a situação. Ela põe a baixa estima para dormir e descansar, desestressar, relaxar. Ela faz com que a ciente se acalme e veja que a situação está sendo controlada. Ela se sente inutil, mas se lembra de que todos são um só. Ela se sente confusa, mas é a consciente. Não pode. Não deve. Ela volta a se portar. Voltando à criatura que surge das cinzas de um coração repartido, ela por ultimo abraça a criança, até que ela se acalme.

No inicio a forte toma o controle, as lagrimas diminuem. E a forte fala pra criança "Enquanto você estiver chorando, eles vão continuar, e você vai continuar assim..." A feliz ri da situação, e então abraça a criança mostrando que está tudo bem... A forte se impõe e começa a gritar com a auto-critica. A auto-critica revida, mas a forte continua. A ciente se sente louca, volta a se desesperar, se assusta. Ela é como se fosse a pessoa nromal entre as outras... Ela tem medo, ela sorri, ela chora... E ela se controla e se descontrola. Ela tem medo de enlouquecer e perder algo. Volta a risonha a rir, volta a forte ao controle. Independente de estar louca ou não, apenas vá embora daqui. Não quero ouvir sua voz. É isso que a forte diz, e a auto-critica desaparece, como um fantasma.

Você cai... Mas a risonha te levanta, te abraça. Tem um abraço coletivo, e a risonha acalma a todos... Pacificadora.

A criança ainda quer chorar, mas todos concordaram em deixar a forte no controle, e a feliz, como sempre, como mascara. A criança ainda quer chorar, mas a forte consegue ficar no controle e a feliz consegue acalma-lá, racionalmente, talvez... ISso, é claro, se algo aqui parecer racional.


"You'll never be good enough because you want to be FOR someone else."

"Metade diz que eu posso enquanto a outra metade diz que eu não deveria nem pensar sobre isso. E é sempre assim; E é assim em tudo."

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